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sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Actividades Projecto Serra d’Ossa 2010/2011

Actividade Prevista

Visita de Estudo à região do Fundão para participar nas actividades do programa dos fungos – cogumelos.

Dia 21 de Novembro de 2010

Míscaros 2010 em Alcaide - Fundão

Os professores do projecto realizaram a actividade programada, não contando com a participação dos alunos, por falta de verba para o transporte.

Levantamo-nos cedo e na hora marcada, 10 horas lá estávamos nós em Alcaide, para o passeio micológico.

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O grupo era grande, foram distribuídos alguns cestos e caixas de papel, o percurso foi guiado pelo Sr. Engº José Luís Henriques que foi recolhendo, descobrindo e identificando várias espécies de cogumelos e tecendo algumas considerações sobre as suas diferenças.

 

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Depois do passeio foi-nos oferecido um delicioso almoço de arroz de cogumelos acompanhado de uma bebida e um pãozinho caseiro. Houve tempo para um passeio pelas ruas de Alcaide, por sinal bastante bonitas quase parece uma vila e não uma aldeia.

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Houve espaço para uma visita a algumas casas abertas e assinaladas, com os seus produtos diversificados, de artesanato, doçaria e outros, não esquecendo os cogumelos cozinhados de modo variado. Pelas ruas havia animação com vários grupos de Alcaide e povoações vizinhas.

 

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Pelas 15 horas reuniram-se os participantes na sala da Liga dos amigos do Alcaide em que o Sr. Engº José Henriques ia retirando os cogumelos das cestas, procedendo individualmente à sua identificação e caracterização mais completa, de cada uma das espécies recolhidas no campo, durante o passeio micológico. Chamou a atenção para a identificação e manipulação de espécies não comestíveis, as venenosas nomeadamente amanitas e alguns Russula. .

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Depois colocaram-se em exposição sobre bancadas preparadas para o efeito com musgo e folhagem, pedaços de madeira, pedras e um suporte para colocar os cogumelos identificados, completando assim o aspecto criado do substrato de vegetação dos cogumelos.

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Os passeios visam a identificação dos cogumelos com base nas suas características macroscópicas, sendo os aspectos visíveis os mais determinantes para a distinção das espécies nomeadamente nas suas formas “de guarda-chuva ou câmpanula (Amanita muscaria), bola (Scleroderma citrinum), de estrela (Astraeus hygrometricus), de pêra (Lycoperdon perlatum), de esponja (Sparassis crispa), de ostra (Pleurotis ostreatus), de língua (Fistulina hepática) de talo (Phallus impudicos).

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Na generalidade o himenóforo (local onde se encontram os esporos) dos cogumelos era constituído por lâminas (Tricholoma partentosum), mas há com aguilhões (Hydnum repandum), pregas (Cantarellus cibarius), tubos (Boletus pinophilus), e gleba (Lycoperdon perlatum).

Há cogumelos sem anel (Russula sardonia), com anel (Macrolepiota procera), com volva (Amanita vaginata), com anel e volva (Amanita caesarea), com cortina (Cortinarius semisanguineus), com exsudação de leite (Lactarius deliciosus), com

alteração de cor ao corte ou ao tacto (Boletus erythropus) e com odor característico (Clitopilus prumulus), a farinha nesta espécie em particular.

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A grande preocupação da actualidade é a da sustentabilidade dos recursos micológicos, passa pela necessidade de, na recolha, se fazerem observar algumas práticas senão regras elementares:

- Evitar colher cogumelos pouco desenvolvidos ou muito velhos. Em ambos os casos o aproveitamento gastronómico é reduzido. Se apanhados muito jovens, não permitimos a libertação dos esporos e muito velhos podem mesmo ser tóxicos;

- Não colher todos os cogumelos presentes em cada local nem apanhar mais do que aqueles que deseja consumir. A apanha desmedida pode levar ao desaparecimento das espécies;

- Evitar os sacos de plásticos. Nas cestas arejadas permite a disseminação dos esporos durante a deslocação no campo;

- Procurar devolver os restos da preparação e limpeza no local da colheita;

- Evitar fazer estragos na vegetação, manta morta e no solo. No mesmo local novos e novas espécies irão surgir;

- Não pisar ou destruir nenhum cogumelo mesmo que seja venenoso. Eles também são fundamentais para o equilíbrio do ecossistema;

- No caso dos que apresentam o pé um pouco profundo devem-se desenterrar cuidadosamente os carpóforos, repondo a situação inicial do solo, tapando as poças, para evitar ao máximo os danos no micélio e nas raízes das árvores.

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Este passeio micológico deu-nos a conhecer alguns dos seus cogumelos assim como os lugares e paisagem da região. Foi muito agradável e trouxemos alguns conhecimentos sempre úteis, para também na Serra d’Ossa, observarmos os nossos cogumelos e identificarmos pelo menos os mais inconfundíveis. Devo dizer que nunca me atrevo a recolher qualquer espécie para comer.

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